Fisioterapia nas Disfunções Temporomandibulares e Dor Orofacial

A Academia Americana de Dor Orofacial define disfunções temporomandibulares (DTM) como um termo coletivo para condições clínicas que envolvem a musculatura mastigatória, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas.

As DTM’s podem ser classificas em muscular, articular ou mista.

Os músculos têm um papel importante nas DTM’s, mesmo quando não são a origem da disfunção, pois existe uma interrelação fisiológica entre o sistema motor e as demais estruturas do sistema.

Sendo assim, as alterações musculares representam a grande maioria dos casos.

Os principais sinais e sintomas de DTM são dores na face, sensação de rosto cansado, dores na nuca ou ombro, dores de cabeça frontal ou temporal, dor de ouvido ou sensação de ouvidos tapados, estalos ou ruídos na articulação temporomandibular (em frente ao ouvido), dores ou dificuldade para abrir ou fechar a boca.

As principais características das disfunções musculares são dor, sensibilidade e redução da amplitude de movimento, além de fadiga, fraqueza e rigidez muscular. A dor pode envolver os músculos mastigatórios, a região facial, maxila e mandíbula, produzir cefaleia temporal, frontal e occipital, envolver a região pré-auricular, a orelha e região cervical, além de sintomas otológicos.

O tratamento fisioterapêutico visa, sobretudo, o controle da dor, a correção da biomecânica articular e o restabelecimento da função mandibular.

O Bruxismo pode ser um fator contribuinte e perpetuante para dor por DTM

Bruxismo é o hábito de encostar, comprimir ou ranger os dentes. O bruxismo é classificado pelo período em que ele ocorre, se durante o sono ou quando estamos acordados (vigília).

O bruxismo em vigília é considerado um hábito parafuncional, como:

  • Roer unhas
  • Morder objetos (lápis e tampas de canetas)
  • Morder lábios ou bochechas
  • Mascar chicletes
  • Apoiar a mão sobre o queixo
  • Morder a pele em volta das unhas
  • Apertar a língua contra o céu da boca ou dentes
  • Mastigar de um lado só
  • Chupar ou morder o dedo
  • Apertar ou ranger os dentes (bruxismo), dentre outros…

Quando o indivíduo permanece por longos períodos apertando ou encostando os dentes, em momentos de concentração, como por exemplo, quando está estudando, lendo um livro, assistindo TV, ou em momentos de tensão ou estresse, por manter a musculatura em uma mesma posição por muito tempo, este tipo de bruxismo parece estar mais relacionado às dores musculares.

Já, no bruxismo do sono é mais comum o ranger de dentes, o que não ocorre durante toda a noite, mas vem em crises, principalmente nas fases de sono mais leves.

Em nosso consultório, contamos com a tecnologia da neuroUP nas avaliações e no acompanhamento dos exercícios para o Bruxismo de Vigília. Este equipamento mensura, durante a sessão de avaliação, a atividade dos músculos mastigatórios. Através do feedback (visual e sonoro) e dos relatórios gerados, temos mais um recurso para facilitar a compreensão a respeito do Bruxismo de Vigília e contribuir para o sucesso da nossa fisioterapia.